quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Felicidade, Picos e Vales

Felicidade. Está ai um sentimento, um estado, que não é contínuo e passa por altos e baixos. Acredito que não exista uma pessoa que SEJA feliz e sim uma pessoa que ESTEJA feliz. E, eu bem sei disso... Momentos felizes são constantes em minha vida. Eu estar feliz não é raro. Mas, será que alguém pode dizer que é feliz? Da mesma forma, momentos tristes também fazem parte do meu dia-a-dia. Considero momentos tristes não somente o estar cabisbaixo, mas também os momentos de raiva, inquietude, impaciência e etc...



Trago aqui a definição de felicidade segundo a Wikipedia:

"A felicidade é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude estão ausentes. Abrange uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa."

Será que existe alguma pessoa NORMAL, essas que a gente encontra no dia-a-dia, que trabalha e/ou estuda, se relaciona com outros indivíduos e lida com diversos tipos de sentimentos e valores, que pode dizer que é feliz?

Um indivíduo está sujeito a oscilações de todos. Se pararmos para pensar em ondas magnéticas e influência de um ser no outro, podemos dizer que todos influenciam todos. Já tentou entrar num ambiente "pesado"? Não importa como você esteja, qual o seu "grau de espírito", você vai sentir aquele peso e vai se carregar igualmente.

Da mesma forma, se você entra num local em que a alegria e diversão estão tomando conta, você acaba se contagiando. Quem nunca esteve bastante triste e chateado, e aquele(a) amigo(a) te puxou para uma festa e você, mesmo contra a sua vontade vai? E, nessa situação, você, de alguma forma, se divertiu ou não?

A gente, numa situação dessas, acaba esquecendo os motivos que nos deixa triste e entra num estado feliz, mas quando sai daquele ambiente, acaba voltando ao seu mundo, que acaba chamando de real, e muitas vezes se deparando com ele, fica pior do que antes da festa. E a tendência? Querer sempre festas. Festa em cima de festa, para não "voltar ao mundo real".

O efeito é bem parecido com as drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas. Tomando como exemplo a droga álcool, que é a mais comum e é legalizada, as pessoas associam a bebida aos momentos de prazer, o que não é ruim. Ruim é quando você tem a droga como fuga, pois ai você estará criando uma dependência psíquica que gera, posteriormente, a dependência química.

Quem, que gosta de bebida, nunca bebeu para comemorar ou pra esquecer? Beber para comemorar é ótimo, uma delícia. Beber para esquecer só é bom enquanto está bêbado, enquanto estiver fora do seu estado "natural". E olhe lá... Muitas vezes as pessoas, mesmo "em água", começa a cair a ficha e o efeito é catastrófico, choro, encheção de saco e estragar a diversão de quem está do seu lado. (lembra do contágio?)

O ser está sempre em busca do equilíbrio emocional, felicidade. Costumo, para justificar minha teoria de que "Não existe uma pessoa feliz, mas sim uma pessoa com muitos momentos felizes", falando uma frase em  tom de brincadeira, mas com um fundo de verdade: "Estamos sempre em busca da felicidade, ou seja, não a temos. Se não a temos, não somos felizes". Então, a questão é:



"Como poderemos nos proporcionar mais momentos felizes?"

Eu, como disse no início deste texto, bem sei o que são essas oscilações de espírito. Tenho picos extremos! Extremos muito distantes, por sinal. Tão distantes que, quando acabo saindo de um pico para um vale (da felicidade para tristeza ou chateação) entro num estado de desequilíbrio tão grande que chego a ficar doente fisicamente e psicologicamente.

Dessa forma, estou tentando aprender a lidar com essa situação. Tento identificar o que de fato me deixa feliz e o que não me deixa triste. O que me deixa feliz pode me proporcionar os picos de "equilíbrio emocional", o que não me deixa triste pode amenizar a descida para um vale. A cautela também é importante, tanto para a subida quanto para a descida. O que não posso é descer muito rápido. Subir muito rápido, não tem problema se eu não precisar descer tão rápido quanto. Por isso que muitas vezes eu fico procurando olhar todos os pontos prós e contras, muitas vezes sabotando os momentos de felicidade extrema, perdendo um pouco do tempo de curtição da mesma.

Não vou dizer que isso é o ideal pra todo mundo. Pelo contrário, gostaria que comigo não fosse assim. Gostaria que meus extremos não fossem tão distantes... O que mais procuro, é "jogar mais chão nos vales para elevá-los", mas é difícil. Muito difícil! Tão difícil que até hoje não consegui. Tão difícil que já tentei diversos meios para tenta cobrir esse "buraco".

Jogo terra no vale, mas ao mesmo tempo, eleva-se também o pico. É muito difícil não querer elevar esses picos, né? Ai que entra a "sabotagem" nos momentos de felicidade extrema. No segurar a bola.

No atual momento estou subindo. Subindo cada vez mais. Não é atoa que estou escrevendo sobre felicidade, né? A não muito tempo atrás, início e meio desse ano, cheguei a ter dois momentos muitos baixos. Momentos esses que quase me derrubaram. De agosto pra cá comecei a subir novamente.

Recentemente, a pouco tempo mesmo, enxerguei uma "explosão de felicidade". A ansiedade para esse "pico" é tão grande, que muitas vezes me empolgo e subo muito rápido. É difícil me segurar, viu? Olho para cima e dá vontade de subir correndo, mas olho pra baixo e vejo a altura que despencarei caso eu escorregue. Então, o que procuro fazer é "avaliar o terreno, correr curtos espaços quando tenho certeza que será positivo, parar para descansar um pouco, descer alguns passos se for necessário para ter mais segurança e voltar a subir".



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