terça-feira, 29 de novembro de 2011

Injustiça, Perseguição e Covardia

Ando sem tempo para escrever. Mas hoje eu realmente preciso pois tem algo que vem me incomodando muito. Impossível não externar tamanha chateação.

Se tem duas coisas que eu não consigo admitir, seja lá de quem for, é INJUSTIÇA e PERSEGUIÇÃO! Ambas tem uma coisa em comum, normalmente são realizadas da pessoa mais forte com a pessoa mais fraca. COVARDIA!!

Não me refiro a força (ou fraqueza) física, nem muito menos força psicológica. Me refiro ao poder. Poder esse que faz tanta gente mudar quando o possui. Poder esse que enche o ser humano de adjetivos nada muito humanos.

Como pode uma pessoa que tem muito mais força perseguir uma outra pessoa sabendo que a mesma é mais fraca e não pode bater de frente? Como pode uma pessoa começar a cometer atos injustos em pró de si e prejudicando a outra pessoa que não tem a menor chance de se defender?

Como pode um indivíduo querer atacar somente a fraqueza emocional de outro somente para mostrar sua soberania?

Não considero covardia quando o mais fraco desafia o mais forte e toma cacetada. Mas o mais forte perseguir, sem motivo aparente, o mais fraco eu acho um dos cúmulos da falta de pensamento racional.

Isso está acontecendo com uma pessoa que, atualmente, é uma das pessoas que tenho mais próxima! Com uma pessoa que conquistou um carinho meu difícil de imaginar. Uma pessoa que conseguiu, em pouquíssimo tempo, cativar minha atenção, consideração, carinho, querer bem...

Me conheço MUITO BEM. Pode ter certeza que, depois de tantas porradas da vida que já tomei, aprendendo com elas, para uma pessoa chegar a tal grau de consideração/carinho/amizade, TEM QUE SER BOA PESSOA! Além de ser uma boa pessoa, ela é extremamente competente e vem mostrando isso a cada dia, superando cada vez mais os desafios insanos que lhe são impostos, de SACANAGEM.

Imagine você saber que uma pessoa não sabe nadar e jogá-la numa piscina extremamente funda. Ou ela nada, ou ela morre! No caso dessa pessoa que me refiro, a boa pessoa, ela foi jogada e aprendeu a nadar na marra, chegando à borda.

Não satisfeito, o filho da puta (ser mau) jogou ela no mar, com correnteza. A boa pessoa simplesmente adquiriu força e conseguiu voltar à superfície vencendo a correnteza e o cansaço.

Após ver a superação, eis que o ESCROTO (ser mau) a joga num rio, para nadar rio acima, contendo jacaré... Estou sentindo que a boa pessoa está fraquejando e cansando, mas ela está lutando e conseguindo subir o rio. Quero ver se ela chegando no destino esse ser mau vai fazer mais alguma coisa.

A boa pessoa está se superando e todos estão vendo isso. Já adquiriu muita torcida e apoio. Eu estou tentando chegar com o barco a motor para tentar ajudá-la a superar o desafio escroto que ela foi jogada. Acho que nem sei se vai ser necessário, viu? Falta pouco para ela vencer uma parte dura do trajeto e o ser mau já está sendo neutralizado pelas outras pessoas que querem o bem da boa pessoa.

Se não bastasse, as outras pessoas estão começando a bombardear o ser mau! Ele está recebendo cacetada de todo canto. Talvez sofrendo do mesmo mal que ele tem causado à boa pessoa. Começando a sofrer da "covardia", visto que agora ele está mais fraco, perdendo em número.

Esse, fatalmente, é o fim do mau caráter. E não será diferente com esse lobo em pele de cordeiro chorão e pidão.


:)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Gostosas Sensações

Gostosas sensações... Sim! É disso que venho falar hoje. É para falar disso que eu já estava deitado pra dormir, sem conseguir, e me levantei para escrever. Sensações maravilhosas que é impossível não externá-las. Sensações que voltei a sentir a poucos dias, acho até que menos de 1 mês...



Ver o mundo com cor. Parar de enxergar preto e branco e começar a preencher a vista com belos tons  do espectro da luz. Isso é para se ter noção o que um contato pode fazer com a gente.

Obvio que, para uma pessoa que já tomou tanto na cara, uma pessoa que já se decepcionou muito, uma pessoa que já voou muito e foi abatido, vai aparecer uma sensação negativa, mas que serve como proteção. Uma pessoa que já ficou nervosa, por ser desacreditado em certos momentos da vida. Uma pessoa que não gosta de mentiras e falsidades... E já pipocou afastando a sensação maravilhosa por ter sido tocado na ferida.

Mas eu quero aqui falar das gostosas sensações. Sensações essas que nos fazem ver o mundo de uma forma diferente. Sensações essas que você pode ter onde consegui-las. Sensações essas que nos fazem, algumas vezes, perder o sono. Mas não perder o sono por angústia, preocupação e tensão. E sim perder o sono porque fica viajando tanto, fica imerso num pensamento tão bom, que não dá vontade de dormir para não o pensamento não se perder.

Mas tudo na natureza tem seu oposto. A luz tem como seu oposto a escuridão. A felicidade tem como seu oposto a tristeza. Essa sensação traz com ela não exatamente o seu oposto, mas traz consigo algo que pode levar para o seu oposto: o medo.

Por mais que eu tente fugir, não tem como não falar do medo nessa situação. Não tem como não pensar em "se algo der errado" e no que pode dar errado. Não tem como não sentir medo de ser puxado o tapete, novamente.

A "palavra de ouro" acaba de ser dita: "NOVAMENTE".

"Novamente" significa que já se passou por essa experiência. Significa que já deve ter aprendido com o que passou. Significa que você tem outra oportunidade de tentar fazer as coisas andarem. Significa que você já passou por situação parecida e, naquele momento, era tudo muito "novo" e não sabia como lidar, embora pensasse saber.

O "novamente" significa que você já tem mais conhecimento tanto para se proteger quanto para saber até onde ir. Significa que já se tem uma noção na velocidade (mais alta ou mais baixa) que deve imprimir. Significa que você pode fazer tudo, simplesmente, de forma diferente.

Eu tenho muitos defeitos (como todos). Ligados a essa situação tem uns que acabam me prejudicando: Ansioso, apressado, otimista, isso sem falar que espero demais, sonho demais e acredito demais. São defeitos pelo excesso, não pela característica bruta.

Tenho no meu "DNA" a raiz de tentar fazer que as coisas sejam intensas, desde o início. Mesmo que seja por pouco tempo, mas que seja intenso e que tenha grande valor, que fique marcado.

Relacionado ao motivo desta postagem ainda tem uma série de coincidências "engraçadas"... Uma série de fatores que mostram claramente que o tempo não anda em linha reta, mas sim em círculos. Situações se repetem, considerando a parte substancial. Obviamente as situações, o contexto e os motivos são diferentes. Tudo ligado ao "novamente".

De uns tempos pra cá, tenho cuidado muito do meu crescimento. Não só o profissional e pessoal, mas principalmente o espiritual. Tento "lavar minha alma" constantemente. Na situação a qual me encontro, fugindo o pouco dessas "gostosas sensações", muitos fatos me fazem irritar e perder o equilíbrio, mas são exatamente essas "gostosas sensações" que me fazem voltar ao equilíbrio e dar continuidade nessa estrada. Uma estrada complicada, uma estrada com muitos buracos e muitos perigos. Mas também uma estrada que acredito estar me levando para onde desejo. Uma estrada que possui, em diversos trechos, pontos de felicidade.

Mas... E essa cautela? Até que ponto eu devo ter para não me deixar perder? Até que ponto devo me segurar e não deixar isso tudo, que é maravilhoso, tomar conta totalmente do meu corpo e mente? A insegurança é uma merda, viu?

Sim... Vamos falar das gostosas sensações? Vamos falar do que me deixa com cara de bobo o dia todo, que me faz pensar positivamente, do que me deixa sorrindo, do que me faz ficar tranquilo nos momentos de irritabilidade, no que me dá apoio quando preciso...

Falar de "coisas boas".

Falar do desejo de viajar, de sair, de curtir momentos, de ficar observando, de ficar fazendo planos, de ficar conversando besteira, de ficar fazendo coisas simples, de adquirir novas experiências, de aprender, de, simplesmente, ter algum motivo para alguma coisa, mesmo que não saibamos o que é exatamente...

O fato é que para "pessoas à moda antiga" como eu, que acredita nas coisas boas, acredita que o ser humano pode ser bom, embora não seja por instinto. Acreditar no amor, no bem estar do próximo, na solidariedade...

Quero falar de outro defeito meu... Defeito que acaba me tirando um pouco do caminho dessas "gostosas sensações". Não me considero rancoroso, exceto se a pessoa não for humilde. Então, se uma pessoa me fez mal e esse problema não consegue ser resolvido, eu acabo não desejando o bem para esta. Não desejo o mal, mas acabo, digamos, ficando satisfeito com o mal que pode ocorrer com esta pessoa. É raro isso acontecer. Muito raro! Mas acontece... E ultimamente, de maio pra cá, tem acontecido cada vez mais com uma determinada pessoa.

Mas... lembra das coincidências que citei agora a pouco? Pois é... Uma pessoa reaparece em minha vida me causando isso! Essa pessoa que reapareceu, sempre que nos afastamos aparece em momentos assim. Em momentos que podem ser complicados. Em momentos que me levam até ela!

Uma pessoa que tenho um carinho IMENSO! Sem muita explicação ou motivo... Foi uma identificação "do nada" e faz uns 7 anos que tivemos o primeiro contato. SETE ANOS! Acredite! Sete anos do primeiro contato, mora na mesma cidade que eu, temos pessoas conhecidas em comum (que conhecemos pessoalmente), mas nunca conseguimos nos conhecer. rs... Quem sabe não é esperando o momento certo? Quem sabe não é esse agora, o momento certo?

Um momento que estou passando totalmente "free". Livre de qualquer coisa pudesse atrapalhar. No último contato até tinha coisas que poderiam atrapalhar, mas agora não tem. Pelo menos não de minha parte. E sinto que da parte dela também não... É essa pessoa que trouxe para mim, novamente, essas "gostosas sensações".

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Raiva, A Chateação e o Ser Inteligente

Engraçado, né? A última postagem falei tanto de felicidade... Chega hoje, uma postagem depois, dois dias depois, e venho falar de algo que não deixa ninguém ser feliz: A chateação. A raiva.


Sentimentos tão negativos e tão encruado nos animais. Qualquer animal tem esse sentimento. O ser humano é um animal. Eu sou um animal. O que nos diferencia, é a capacidade de lidar com diversas situações e saber se controlar em muitas outras. O que nos diferencia é saber pensar antes de agir, avaliar as atitudes e tentar não responder a estímulos que possam nos prejudicar.

O problema, é que também faz parte da nossa diferenciação, a habilidade da pirraça inteligente. Saber o que pode atingir o outro. Saber como atingir e prejudicar o outro. Saber como podemos fazer tudo isso de forma que não nos prejudiquemos. Saber utilizar das fraquezas do próximo para podermos subir. Saber que temos poder para dominar o outro "de forma inteligente".

Podemos discernir quem é bom e quem é mau para a gente. Podemos identificar aliados. Podemos identificar ameaças. Podemos manipular situações quando temos mais poder. Podemos pensar quais as palavras certas para aplicarmos em determinados momentos. Podemos avaliar. Podemos simplesmente pensar. Podemos falar.

É triste como boa parte da nossa inteligência é utilizada mais para o negativo do que para o positivo. A energia nuclear é motivo para se ter poder, uma fonte poderosa de energia é mera consequência. O uso de máquinas normalmente é para substituir seres humanos e não somente para melhorar a produção e qualidade dos produtos. A criação de robôs é para estimularmos a preguiça e fazê-los de escravo. Temos até a habilidade de fazermos humanos de escravos. E queremos isso! A escola é para formar "pessoas perfeitas" e não simplesmente pessoas.

E a chateação? E a raiva? Ambas fatalmente estão ligadas a nossa inteligência, mesmo sendo sentimentos primitivos. Ambos são utilizados como armas nucleares, altamente devastadoras. Devastadora, inclusive, da saúde física e mental.

A chateação e a raiva quando unidas à preocupação, formam uma "bomba meteórica" dentro do nosso organismo. Eu sou a prova disso. Quando separadas, me seguro. Quando unidas duas destas, me abalo. Quando as três estão unidas, vou ao chão. E não me considero uma pessoa fraca.

Nunca em minha vida fiquei tantas vezes doente. Nunca em minha vida passo pelo menos 2 dias por semana mal. Nunca em minha vida, cheguei ao ponto de ter dores de cabeça durante 7 dias por semana e 30 dias no mês. Nada físico. Tudo psicológico. Tudo por causa de um, e apenas um, motivo: um indivíduo inteligente.

Inteligente não no sentido de ter um QI além dos padrões, mas sim de ser um ser pensante. De ser um ser que sabe dos próprios poderes. De ser um ser que sabe onde pode atingir os outros. De ser um ser tão inteligente que, quando não pode bater de frente, simplesmente distrai o próximo para que possa atacar pelas costas.

O dom da perseguição está presente na maioria desses seres inteligentes. Perseguição por serem tão pouco inteligentes e tão inseguros, que não conseguem admitir que precisam subir um patamar. É melhor jogar o outro para rolar escada a baixo.

Perseguição que somente os pobres e fracos de espírito tem a capacidade de realizar. Perseguição que pode marcar tanto os perseguidos, que estes podem ficar doentes. Sim... Doentes... Mania de perseguição é doença. Mas, como toda doença, esta pode ser utilizada a seu favor como vacina preventiva. Essa mania de perseguição pode, quando utilizada na medida adequada, trazer muitos benefícios.

São esses benefício que os seres inteligentes de fato conseguem extrair. São esses benefícios que nos fazem crescer. São esses benefícios que nos fazem aprender. São esses benefícios que irão nos proteger dos seres que, de alguma forma e por algum motivo se acham inteligentes.




quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Felicidade, Picos e Vales

Felicidade. Está ai um sentimento, um estado, que não é contínuo e passa por altos e baixos. Acredito que não exista uma pessoa que SEJA feliz e sim uma pessoa que ESTEJA feliz. E, eu bem sei disso... Momentos felizes são constantes em minha vida. Eu estar feliz não é raro. Mas, será que alguém pode dizer que é feliz? Da mesma forma, momentos tristes também fazem parte do meu dia-a-dia. Considero momentos tristes não somente o estar cabisbaixo, mas também os momentos de raiva, inquietude, impaciência e etc...



Trago aqui a definição de felicidade segundo a Wikipedia:

"A felicidade é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude estão ausentes. Abrange uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa."

Será que existe alguma pessoa NORMAL, essas que a gente encontra no dia-a-dia, que trabalha e/ou estuda, se relaciona com outros indivíduos e lida com diversos tipos de sentimentos e valores, que pode dizer que é feliz?

Um indivíduo está sujeito a oscilações de todos. Se pararmos para pensar em ondas magnéticas e influência de um ser no outro, podemos dizer que todos influenciam todos. Já tentou entrar num ambiente "pesado"? Não importa como você esteja, qual o seu "grau de espírito", você vai sentir aquele peso e vai se carregar igualmente.

Da mesma forma, se você entra num local em que a alegria e diversão estão tomando conta, você acaba se contagiando. Quem nunca esteve bastante triste e chateado, e aquele(a) amigo(a) te puxou para uma festa e você, mesmo contra a sua vontade vai? E, nessa situação, você, de alguma forma, se divertiu ou não?

A gente, numa situação dessas, acaba esquecendo os motivos que nos deixa triste e entra num estado feliz, mas quando sai daquele ambiente, acaba voltando ao seu mundo, que acaba chamando de real, e muitas vezes se deparando com ele, fica pior do que antes da festa. E a tendência? Querer sempre festas. Festa em cima de festa, para não "voltar ao mundo real".

O efeito é bem parecido com as drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas. Tomando como exemplo a droga álcool, que é a mais comum e é legalizada, as pessoas associam a bebida aos momentos de prazer, o que não é ruim. Ruim é quando você tem a droga como fuga, pois ai você estará criando uma dependência psíquica que gera, posteriormente, a dependência química.

Quem, que gosta de bebida, nunca bebeu para comemorar ou pra esquecer? Beber para comemorar é ótimo, uma delícia. Beber para esquecer só é bom enquanto está bêbado, enquanto estiver fora do seu estado "natural". E olhe lá... Muitas vezes as pessoas, mesmo "em água", começa a cair a ficha e o efeito é catastrófico, choro, encheção de saco e estragar a diversão de quem está do seu lado. (lembra do contágio?)

O ser está sempre em busca do equilíbrio emocional, felicidade. Costumo, para justificar minha teoria de que "Não existe uma pessoa feliz, mas sim uma pessoa com muitos momentos felizes", falando uma frase em  tom de brincadeira, mas com um fundo de verdade: "Estamos sempre em busca da felicidade, ou seja, não a temos. Se não a temos, não somos felizes". Então, a questão é:



"Como poderemos nos proporcionar mais momentos felizes?"

Eu, como disse no início deste texto, bem sei o que são essas oscilações de espírito. Tenho picos extremos! Extremos muito distantes, por sinal. Tão distantes que, quando acabo saindo de um pico para um vale (da felicidade para tristeza ou chateação) entro num estado de desequilíbrio tão grande que chego a ficar doente fisicamente e psicologicamente.

Dessa forma, estou tentando aprender a lidar com essa situação. Tento identificar o que de fato me deixa feliz e o que não me deixa triste. O que me deixa feliz pode me proporcionar os picos de "equilíbrio emocional", o que não me deixa triste pode amenizar a descida para um vale. A cautela também é importante, tanto para a subida quanto para a descida. O que não posso é descer muito rápido. Subir muito rápido, não tem problema se eu não precisar descer tão rápido quanto. Por isso que muitas vezes eu fico procurando olhar todos os pontos prós e contras, muitas vezes sabotando os momentos de felicidade extrema, perdendo um pouco do tempo de curtição da mesma.

Não vou dizer que isso é o ideal pra todo mundo. Pelo contrário, gostaria que comigo não fosse assim. Gostaria que meus extremos não fossem tão distantes... O que mais procuro, é "jogar mais chão nos vales para elevá-los", mas é difícil. Muito difícil! Tão difícil que até hoje não consegui. Tão difícil que já tentei diversos meios para tenta cobrir esse "buraco".

Jogo terra no vale, mas ao mesmo tempo, eleva-se também o pico. É muito difícil não querer elevar esses picos, né? Ai que entra a "sabotagem" nos momentos de felicidade extrema. No segurar a bola.

No atual momento estou subindo. Subindo cada vez mais. Não é atoa que estou escrevendo sobre felicidade, né? A não muito tempo atrás, início e meio desse ano, cheguei a ter dois momentos muitos baixos. Momentos esses que quase me derrubaram. De agosto pra cá comecei a subir novamente.

Recentemente, a pouco tempo mesmo, enxerguei uma "explosão de felicidade". A ansiedade para esse "pico" é tão grande, que muitas vezes me empolgo e subo muito rápido. É difícil me segurar, viu? Olho para cima e dá vontade de subir correndo, mas olho pra baixo e vejo a altura que despencarei caso eu escorregue. Então, o que procuro fazer é "avaliar o terreno, correr curtos espaços quando tenho certeza que será positivo, parar para descansar um pouco, descer alguns passos se for necessário para ter mais segurança e voltar a subir".



terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Dor da Perda




Hoje eu poderia falar sobre um monte de coisa. Poderia falar das chateações, do quanto fiquei irritado com umas questões um tanto pessoais. Na verdade, eu estava disposto a escrever sobre isso, para ver se me desprendo um pouco e se encontro alguma outra forma de lidar com esse sentimento tão negativo que se denomina "RAIVA".

Mas deixarei para outra oportunidade, que espero não ter...

Hoje resolvi falar um pouco sobre a DOR DA PERDA. Uma dor que corrói bastante e que muitas vezes não sabemos como lidar.

Nossa! Mudou da água pro vinho! De um sentimento tão explosivo para um tão introspectivo... Você pode estar pensando...

Mas, o que me fez mudar isso?

Bom... Tenho uma amiga. Sim... AMIGA. E, mesmo que ela não me considere de tal forma, como a considero, para mim é uma amiga, pois nunca provou o contrário. Uma amiga que tenho um carinho muito grande. Uma identificação gigantesca, mas não me pergunte o motivo pois eu não sei. A conheci no carnaval desse ano, aqui, na internet mesmo. Numa "folia online" em torno do Twitter assistindo ao Asa de Águia ao vivo no Carnaval 2011.

Tudo começou como uma brincadeira, mas o papo foi ficando cada vez mais próximo a papo de "irmão mais velho com irmã mais nova". Sim... Ela é quase 10 anos mais nova que eu... Problema nisso? DE FORMA ALGUMA! Mas estou dizendo para não pensarem maldade...

Enfim, não convém falar sobre o que conversávamos, até porque é algo muito pessoal (dela). O que importa, para esse texto, é que ela se tornou uma pessoa importante para mim. Mesmo a gente brigando diversas vezes e eu puxando as orelhas dela mais que puxo da minha própria irmã de sangue.

Nem comecei a escrever sobre o motivo, nem muito menos as reflexões, e já tem palavras a rodo... Enfim... Não irei "enrolar"mais...

"A Dor Da Perda".

Hoje, quando cheguei em casa, essa pessoa veio me dizer que aconteceu um acidente com ela. Eu, como sempre brinquei, perguntei na lata: "Está grávida? :O"

Brincadeira fora de hora... O papo era sério... Ela sofreu de fato um acidente em que ela sobreviveu por muito pouco!! Pense num frio na espinha que senti!! Pense que a minha adrenalina subiu para outro patamar rompendo a barreira da chateação que passei o dia inteiro. "Engraçado" é que na madrugada anterior eu tinha mandado uma mensagem para ela falando exatamente do quanto gostava dela e o quanto era querida. Se não fosse depois da hora do acidente, eu iria sim ficar muito cismado... rs

Essa "revelação" me fez pensar na vida. E, impossível não pensar nas perdas que ela (a vida) nos proporciona. Perder uma pessoa é muito ruim. Só quem já perdeu pode, de fato, saber um pouquinho do que é esse sentimento. Pior que, quanto mais próximo e maior o gosto que temos pela pessoa, maior é essa dor.

Perdemos pessoas do decorrer da nossa trajetória aqui na Terra. Perdemos pessoas que perderam a vida. Perdemos pessoas que ainda estão com vida. Perder pessoas que estão com vida dói, mas a dor é confortada quando pensamos que há uma possibilidade, mesmo que mínima, de saber como essa pessoa está, se está bem e, quem sabe, de estar junto novamente. "Amigos vivos" a gente perde, muitas vezes por besteiras tão besta... Há outros sentimentos também envolvidos como decepção, mágoa, dentre diversos outros que nos faz aliviar, e até esquecer, dessa dor da perda.

Mas... E a dor da perda de uma pessoa que perdeu a vida? Como fazer? A gente no máximo aceita, mas nunca esquece. A gente se conforta com o tempo, inventamos desculpas como:

"Melhor assim. Sofreu menos"; "Agora ele(a) está num lugar melhor"; "Ele(a) estará sempre dentro dos nosso corações"; "Ele(a) estará sempre conosco, nos observando"; dentre diversas outras desculpas confortantes.

A dor da perda é foda! E para essa não adianta "ligar o foda-se". Impossível! Ainda mais quando se trata de uma pessoa que sempre fez parte de sua vida, como um pai, por exemplo.


Eu mesmo perdi meu pai vai fazer 5 anos e o vazio permanece. Muita coisa me lembra ele, afinal: "Quando cheguei ao mundo, ele já estava aqui. Cresci, ele sempre comigo. Não sabia como era o mundo sem sua presença". Até alguns hábitos (uns positivos e outros negativos) que ele tinha eu adquiri...

É uma dor da perda difícil de superar. A mais difícil que já tive...

Hoje em dia estou superado? Bom... Apesar de falar sobre o assunto "de boa", conversar a respeito, lembrar com saudade e não com tristeza, lembrar dos momentos bons, ter minha crença no espiritismo (o que conforta DEMAIS), dentre diversos outros pontos, acredito que isso não está superado. Afinal estou escrevendo sobre isso, né? Acredito que nunca será superado.

A dor não se compara... Nem de longe... Mas a dor da perda de amigos não é menos importante. É apenas diferente. Perdi amigos próximos por besteiras realizadas por eles. Acidente de carro por dirigir alcoolizado? Nossa! Esse é o principal motivo... Mas, será que essa dor da perda é superável? Sendo um amigo, digo que não... Até amigos que perdi a 10 anos estão em minha memória ainda. A maioria, nem tenho mais contato com os familiares (acho que todos, na verdade).

Ai eu pergunto:

"Como superar a dor da perda? Será que é possível?"

Pegando o significado da palavra "Superar", posso dizer que sim. Pegar o sentido que sempre levamos para a palavra, digo que não.

Superar:

v.t. Passar por cima; passar além; ser ou ficar superior; sobrelevar-se: superar a expectativa.
Vencer, subjugar, dominar, dobrar: superar a resistência do adversário.
Fazer desaparecer, remover, resolver: superar todas as dificuldades.

Se levarmos em consideração os significados em negrito, digo que é possível sim superar a dor da perda.

Se levarmos em consideração os significados em sublinhado-itálico, digo que é impossível superar a dor da perda. Até porque, a pessoa que morreu, não terá mais o que fazer para que ela possa deixar de ser significante para você. E digo... Se deixou de ser significante, você pode considerar uma perda, não?

Mas... Enfim... O que tenho a dizer é para você curtir ao máximo as pessoas que você tem como queridas. A dor pode não passar, mas você terá muitas lembranças positivas para maquiar a dor da perda.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O "Foda-Se" e o "Desabafo"

Como sempre, a pergunta para uma primeira postagem: "Por onde devo começar?"

A cabeça borbulha, as ideias explodem. Uma vontade louca de gritar. Uma vontade louca de ser notado. Não que eu não seja notado... Pelo contrário, tenho amigos os quais confio, tenho colegas que gostam de minha presença, no dia a dia sou divertido, pessoas me chamam para ter a minha companhia. Tenho uma família maravilhosa, mas com defeitos, como todas.

Tenho vontade de escrever sobre tudo. TUDO mesmo. Tudo que me incomoda. A melhor maneira de conseguir a liberdade de si, é se libertando colocando para fora tudo que sente. É bom gritar. É bom mandar um "Foda-Se" bem alto e bem dito, frisando a letra "éfe" e colocando a língua entre os dentes para expressar o "ésse".

Mas existe pior coisa do que você fingir que o "Foda-Se" está ligado? Existe coisa pior do que você dizer que ligou o "Foda-Se" e ninguém se importou? Vale mesmo a pena ligar o "Foda-Se" para tudo e para todos?

Sou um observador do comportamento humano. Não porque preciso, mas sim por curiosidade. Acho interessante as particularidades de cada um. Acho mais interessante ainda como todos acabam tendo as mesmas atitudes em determinados momentos. Um desses momentos é exatamente esse, o "ligar o Foda-Se".

Todos que expressam que estão ligando este botão de fuga, tem algo em comum. Está incomodado com algo e não sabe como lidar. Pode estar interessado em alguém e essa pessoa não lhes dá bola. Pode estar querendo fazer coisas que não são tomadas como certas, e ninguém se importa com isso. Pode estar querendo um pouco de atenção e ninguém lhes dá. Pode estar querendo conversar algo sério, mas o levam sempre na brincadeira.

Ai eu pergunto: Qual o real sentido desse "Foda-Se"?

(pensativo...)

A verdade é que não tem um real sentido. Ou melhor... Não tem um sentido padrão. Repare e me corrija se eu estiver errado. Quais foram as situações em que você disse não está ligando e realmente não estava ligando?

"Oh, sabe de uma? Tá chegando o verão e eu estou gordo(a). Foda-Se! Eu vou me divertir e ninguém tem nada com isso."

Fica mais que evidente, neste momento, que o ponto de maior incômodo de tal indivíduo é a forma física. Como uma "defesa", como uma forma de se aceitar, essa pessoa diz que ligou o "Foda-Se" para se enganar.

Mas isso é ruim? Não. Não é... Isso é uma tentativa de se aceitar. Mostrar para si que tem situações melhores...

Outra situação muito comum é: "Amo fulana(o) mas ela(e) não me dá bola. Sabe de uma? Foda-Se! Ela(e) que está perdendo."

Mais uma vez... Mesma situação. A ausência, a falta de importância, a INDIFERENÇA, da pessoa amada é o que mais incomoda. E incomoda mesmo... E como incomoda... E como eu queria que não incomodasse tanto...

Mas, sabe de uma? Fffffoda-Ssssse!! O que não falta é gente no mundo, não é? Como eu queria que isso também resolvesse...

Já ouviu falar que a falta de importância é expressa somente na indiferença? Definitivamente, se você manda um "Foda-Se", essa indiferença não existe. Não só não existe, como para você isso faz muita diferença e é muito importante. Se não o fosse, você não estaria se importando. Se você não ligasse, realmente, você não estaria expressando, e com tanta raiva.

Eu, mesmo escrevendo "Foda-Se" pela décima segunda vez, nesse pequeno texto, não me importo. Não me importo com nada. E "Foda-Se" quem não acreditar!